Sou vegetariana por amor aos animais

Sou vegetariana por amor aos animais
COLHER OU MATAR, a escolha é sua

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."

(Paul e Linda Mc Cartney)



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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Quer mesmo salvar a Amazônia? Pare de comer carne!

Salve a Amazônia!

Artigo escrito por João Meirelles Filho* e Mariana Buoro** foi originalmente publicado pela revista multimídia Página 22, suportada pelo centro de estudos em sustentabilidade da FGV-EAESP e referência no mercado editorial brasileiro no tema da sustentabilidade. Veja reprodução abaixo ou versão original aqui.


Como civilização humana, até agora, priorizamos proteínas de alto impacto socioambiental - a questão é que o planeta não tem mais espaço para a produção deste tipo de proteína em um mundo cada vez mais populoso
Foto: Como civilização humana, até agora, priorizamos proteínas de alto impacto socioambiental – a questão é que o planeta não tem mais espaço para a produção deste tipo de proteína em um mundo cada vez mais populoso

Na luta pela conservação das condições de vida humana no planeta, mesmo um tema mais abstrato como o impacto dos combustíveis fósseis nas mudanças climáticas é compreendido pela maioria. Difícil é relacionar escolhas pessoais de consumo com a destruição ambiental. É reconhecer que nosso próprio prato contém alimentos que ameaçam nossa sobrevivência. No entanto, precisamos encarar que a agropecuária é a grande responsável por mudanças no uso da terra, desmatamento e queimadas, com emissões de gases tão representativas quanto as de fontes de energia não renováveis [WRI, 2016].
Se há forte movimento de entes públicos, empresas e cientistas sobre as alternativas à queima de combustíveis fósseis, a discussão sobre a nossa dieta e suas consequências ainda é pífia [CHATTAM H., 2015]. São raros os estudos que contabilizam o impacto das decisões de consumo alimentar, em especial das proteínas de origem animal [LAMB et alii, 2016]. Em verdade, como civilização humana, até agora, priorizamos as proteínas de alto impacto socioambiental, e raros consumidores sabem disto.
O aumento de renda, urbanização, e expansão de novos hábitos alimentares modificou radicalmente nossa dieta. Cada vez mais, substituem-se porções significativas de grãos por carnes e laticínios.
O alarme soou em 2006, quando a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) concluiu que a produção de carnes contribuía com 18% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Como a demanda continua a crescer, será preciso duplicar a oferta em menos de 50 anos, o que deve piorar o índice. Metade das áreas férteis do planeta é ocupada pela pecuária e para a produção de rações para animais, exaurindo-se possibilidades de usos diversificados da terra. A questão, portanto, não se restringe à  agenda de vegetarianos, religiões, ou em defesa de animais. É o planeta que não tem mais espaço para a produção de proteínas de alto impacto [FAO, 2006 e 2009].
O alto gasto de água (a produção de 1 kg de carne bovina exige 15,5 toneladas de água) resulta em produtos animais contribuindo com mais de um quarto da pegada hídrica da humanidade [HOEKSTRA et ali., 2008]. A ineficiência na conversão alimentar de energia das carnes exige altos insumos de ração e pasto (um terço dos grãos do mundo é para alimentação animal, e 90% da soja brasileira). Insistir no modelo atual de produção de carnes e laticínios ameaça a segurança alimentar planetária, especialmente dos mais pobres. Ao destinar metade das terras para carne (ou ração), deixaríamos de atender as demandas proteicas para dois terços da população mundial que já são excluídos do acesso a carne e a laticínios por falta de recursos.
O Brasil, embora grande vilão, não se mostra preocupado com isso e se esforça em se consolidar como o líder mundial de proteínas animais. Por aqui, graça a ideia que a pecuária e os grãos para ração são o motor da economia [SILVA NETO & BACHI, 2014]. Porém, este setor é altamente ineficiente e arcaico, ocupa cerca de 30% do território, ou 2,4 milhões de quilômetros quadrados, enquanto nem sequer produz 8% do PIB e gera poucos empregos, a maioria informal. A pecuária bovina sozinha é responsável por 62% das emissões de GEE do País [BARRETO, 2015].
Rediscutir a dieta – um tabu?
Se os impactos da proteína animal são devastadores, por que o apelo pela contribuição popular com o meio ambiente restringe-se a recomendações pueris como “separe o lixo” e “tome banhos curtos”? Por que a mídia, a academia e mesmo os ativistas não discutem a dieta do brasileiro e do planeta? O que justifica a manutenção do aparente “foro privilegiado” de que goza a pecuária no Brasil?
Curiosamente, o brasileiro se coloca como um dos povos mais preocupados com o ambiente e mudanças climáticas [LEISEROWITZ, 2007; PEW 2015]. Entretanto, a maioria de nós não toma decisões racionais baseadas no conhecimento sobre o impacto socioambiental do consumo e de suas consequências às próximas gerações.
Está na hora de buscarmos proteínas de baixo impacto socioambiental e baixo custo econômico, que promovam geração de emprego e renda, igualdade, bem estar humano e animal, e possibilidade de sobrevivermos neste planeta, com impacto altamente positivo para a saúde humana e o clima [SPRINGMAN, 2016].
Discutir abertamente o problema é o primeiro passo. A questão precisa estar no currículo escolar, na pesquisa científica, na mídia (por que a moda de programas de TV culinários ainda não tocou no problema?). Precisamos de indicadores acessíveis e honestos que nos informem sobre o impacto socioambiental do que comemos. Assim, com mais acesso à informações e ao debate, quem sabe não tomamos melhores decisões de consumo consciente?
* Escritor e empreendedor social, é diretor do Instituto Peabiru. Milita na questão do impacto da carne há 30 anos. 
** Formada em Relações Internacionais, é colaboradora no Instituto Peabiru.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

RENÚNCIA À CARNE (Animais brutalizados)

Milton Martins


Proclamar-se vegetariano num mundo predominantemente carnívoro, isto é, apreciador de carne como alimento não é tarefa fácil. Frequentar restaurantes ou reuniões sociais, onde predominam, de regra, churrascos e salgadinhos à base de carne é sempre complicado porque será necessário escolher pratos sem o componente animal no cardápio ou saber antes qual o conteúdo do salgadinho oferecido. Por isso, esse tipo de sujeito, obrigado a conviver como uma exceção, como minoria nesse mundo "desigual" será, no mínimo, considerado um "chato".
Além de comentários impacientes e eventualmente irônicos, os seus pares, os que se deliciam com um churrasco e com a carne de um modo geral, sentem-se de alguma forma incomodados convivendo com alguém que repudia o delicioso alimento de origem animal.
Eu conheço bem essa situação. Há mais de 40 anos deixei de lado todas as carnes, salvo o peixe em raríssimas ocasiões. Quanto a este, sem nenhuma razão especial, salvo a de não ser "tão diferente", “tão chato”, em reuniões sociais, mas sempre com um peso na consciência, um estágio de nojo.
Nesse tempo todo, somente uma vez vi-me obrigado a comer pequena porção de um bife, nos Estados Unidos, porque atendia a convite de um casal ávido em servir comida brasileira. Tanto pela presunção do anfitrião, como pelo "reencontro" com a carne, percebi que não valera a pena o sacrifício.
As razões que me fizeram deixar de consumir a carne, foram inspiradas em certos ensinamentos esotéricos que consideram os animais uma outra onda de vida que, em vez de serem sacrificados sem piedade, deveriam ser respeitados, ajudados e amados pelos homens. A isso, acrescentem-se as cenas de terror que se sucedem intermináveis nos matadouros onde a crueldade é inimaginável.
Claro que abandonar o hábito da carne num país como o nosso é esperar muito.
Há, sem dúvidas, a proliferação natural de certos animais ressaltando-se porém que há o incentivo e técnicas de procriação e, há,ainda, é verdade, muita fome grassando pelo Brasil e, de resto, em todo o planeta.
Escrevi alhures, porém:
Relatório da ONU denominado de “A grande sombra do gado” esclarece “que os gazes emitidos pelos excrementos e flatulência dos animais, pelo desmatamento para formar pastos e na geração de energia gasta na administração do gado respondem por 18% dos gases-estufa emitidos anualmente no mundo.”
O mais grave é que o Brasil é o maior exportador de carne do planeta e comemora esse êxito pelos milhões de dólares que amealha no negócio.
Mas, além desses prejuízos ambientais, há aspectos ponderáveis a considerar nesses êxitos.(?)
Os paises importadores da carne brasileira, a compram “limpa” não precisam investir em pastos, rações e em reservas de água para a criação e engorda dessa incontável massa bovina.
Quanto à soja cujo plantio também tem sido causa de imensos desmatamentos é um dos componentes da ração do gado.
 


Mas, é inequívoco que as pessoas que deixaram de comer carne costumam atestar que se sentem bem assim. Livraram-se de um alimento mais pesado que provém do sofrimento do animal, na hora do abate afetado pelo instinto de preservação violado, pelo grito da violência iminente e do temor.
Os animais tendem a se apegar ao homem, na medida em que forem tratados com carinho e amor. Às vezes, passam a confiar cegamente no seu "irmão maior", a pessoa que deles trata e os alimenta.

Imaginem que tipos de vibrações eclodem no ato da morte do animal domesticado, quando abatido, em especial pelo seu próprio "dono".
Não me parece que em tempo algum a morte violenta esteve tão banalizada tanto na hora do almoço, como na hora do jantar. A televisão sofistica os detalhes. Claro que as guerras passadas ceifaram a vida de milhões de soldados, nessa luta “sem razões”, que não fosse a busca insensata pelo poder, pela dominação de povos e conquista de territórios, aspirações de grandes líderes providos de pequenas almas.
Mas, a despeito da carnificina que se sofistica entre o homo sapiens, não posso me omitir sobre um artigo do “Estado” de abril 2006, assinado pela colunista Regina Schöpke que produziu excelente resenha do livro do filósofo Tom Reagan, denominado “Jaulas Vazias”. O livro que trata da crueldade que se pratica contra os animais, tem no autor um defensor daquilo que “chama de uma consciência animal, ou seja, desse despertar do homem para a sua própria condição ou parte da natureza”, qualificando-se o escritor, então, “porta-voz daqueles que não podem falar e que, em função disso, tornaram-se escravos de nossas necessidades e comodidades."
Refere-se a articulista às freqüentes referências ao gênio Leonardo da Vinci contida no livro, porque, “afinal ele, que desde criança tornou-se vegetariano por não suportar as atrocidades que se cometiam, dizia que o homem transformou seu estômago num túmulo para todos os animais”.
Há um sentido antropofágico se se considerar a evolução da própria espécie humana , porque “Darwin estudou tais emoções (dos animais e sobre isso nos referiremos mais à frente) e, mais do que isso, ele foi o primeiro cientista a desferir um golpe profundo em nossa arrogância ao mostrar que nossa espécie evoluiu de outras inferiores e que somos apenas animais, ainda que muito inteligentes”(!?).
Há anos chegou às minhas mãos um vídeo que não consegui chegar ao final, que mostra a brutalidade que se comete contra os animais, os frangos prestes a serem abatidos e os bois no “corredor da morte”, antes da pancada na cabeça, que ao perceberem o que se passa, aguçando o sentido da sobrevivência, relutam em prosseguir e são empurrados por choques elétricos.
Algumas crueldades, entre outras, relatadas pela revista “Super Interessante” de 09/2003 que todos sabem ou “desconfiam” mas “esquecem” na hora de devorarem nacos do churrasco:
. A vitela é a carne de um bezerro anêmico que passa os seus cinco meses de vida em um cercado minúsculo, impedido de se mover, para a carne ficar macia;
. Bichos com pele valiosa não dão cria em cativeiro e são caçados, permanecendo dias com as patas dilaceradas, presas em armadilhas. A pele costuma ser retirada com o animal ainda vivo;
. Galinhas poedeiras vivem espremidas sob luz quase ininterruptas para que comam e botem sem parar; os bicos são cortados para evitar o canibalismo.
Mais esta, segundo relato extraído do livro resenhado:
“Assim como amontoar cães e gatos em gaiolas, como fazem certos restaurantes da China, para que eles sejam escolhidos pelos fregueses e mortos na hora, só se explica por uma brutalização maior do homem, já que nem os animais que se tornaram nossos mais fiéis companheiros são poupados”.

Com breve pesquisa, será fácil encontrar outros atos de violência contra os animais. É só ter coragem para enfrentar as cenas deprimentes e covardes.

Do ponto de vista do divertimento, as execráveis e covardes touradas que colocam o touro em total desvantagem e, com facas afiadas, vai sendo enfraquecido na sua resistência ao ser seguidamente espetado no dorso. O toureiro é um covarde, um estúpido como estúpida é a platéia que vibra com sua covardia, jamais um herói.
De outra parte, muitos são os estudos que garantem não ser a arcada dentária e mesmo o estômago do homem apropriados para a mastigação e digestão da carne.
Mas, qual o preço da vibração cósmica que produz essa brutalidade sem fim? Valho-me, porque acredito, de trecho de um velho (os conceitos são válidos) e pequeno livro editado pela editora “O Pensamento”, de autoria de Cinira Riedel de Figueiredo, “Sabedoria Esotérica”, esquecido há muitos anos na minha estante:
“A falta de respeito aos reinos inferiores da natureza leva o homem a criar mau karma (carma, lei da causa e efeito), e este é o motivo da Humanidade estar vivendo dias cruéis, repletos de moléstias incuráveis, de guerras e desajustamentos”.
Acima me referi à emoção dos animais. Relato um caso que vivenciei:

Há alguns anos, numa chácara em São Pedro (SP), pus-me a regar certas plantas e árvores tenras. O calor era insuportável.
Numa área vizinha, a aproximadamente 50 metros, uma vaca e seu bezerrinho, desde cedo ali confinados, ouvindo o ruído da água, postaram-se perto da cerca e ali permaneceram ela que sempre se mostrara arredia à minha aproximação, desconfiada da possível maldade que poderia praticar o estranho. Era água que pedia tanto para si como para sua cria. Enchi um balde e levei até eles. Não foi suficiente. Enquanto bebiam o segundo balde, acariciei o pescoço da vaca.
Devidamente saciada, o animal ergueu a cabeça e seus olhos bateram nos meus. Havia no seu olhar muita doçura, gratidão...amor.
Não ! Definitivamente, não conseguirei mais voltar a comer carne.
Eis aí a emoção “animal” que jamais esquecerei.

domingo, 13 de agosto de 2017

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro todos seriam vegetarianos" - frase de Paul e Linda Mac Cartney

Matadouro em outro país, mas o sofrimento é universal em todos os matadouros do mundo...
Todos os comedores de carne tem que assistir para ver como eles são mortos!
Ficou chocado? Não os coma mais! Liberte-os desse holocausto