Sou vegetariana por amor aos animais

Sou vegetariana por amor aos animais
COLHER OU MATAR, a escolha é sua

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."

(Paul e Linda Mc Cartney)



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domingo, 21 de novembro de 2010

Dieta da Compaixão

Dieta da compaixão
Ivana Maria França de Negri

Em se tratando de assuntos polêmicos, nunca se chega a um consenso, muito menos a um desfecho. Longe de mim a pretensão de mudar a cabeça de alguém, apenas acho que as explanações são válidas para despertar nas pessoas a curiosidade e induzi-las à reflexão.
Saúde corporal à parte, isso é com os médicos e nutricionistas, para mim é mais importante ser saudável de espírito. Existem pessoas doentes da alma, que perderam a paz por motivos diversos. Quem come carne e tem a consciência tranqüila, ótimo! Quem já fica meio indeciso, e pensa em mudar os hábitos alimentares aos poucos, ainda que seja só diminuir o consumo,melhor ainda!É bom para a saúde do corpo, da alma, e para os animais.
Somos evoluídos e temos discernimento, o que nos diferencia das outras espécies. Eles têm que se alimentar daquilo que seu instinto natural pede. Já nós, humanos, podemos pesquisar pela melhor opção e decidir o que vamos colocar dentro do nosso corpo.
Quando um predador sai para caçar, encontra suas vítimas soltas nas florestas, em bandos. Elas não tiveram suas crias apartadas de si, não foram marcadas a ferro quente, não foram castradas sem anestesia, não foram confinadas para a engorda rápida, não tomaram hormônios e nem antibióticos. Quando um desses animais é eleito para servir de almoço, tem que correr bastante antes de ser apanhado, e quem costuma fazer corridas e caminhadas sabe que o sangue circula mais rápido e a adrenalina é liberada aos borbotões. Quando o golpe fatal é dado, a vítima, com o anestésico natural que é a adrenalina, nem chega a sentir dor, pois está praticamente sedada. A natureza providencia tudo. Os que caem nas garras do predador são os mais fracos, os doentes e os velhos. Isso faz parte da seleção natural.
Já os bois que saem do confinamento, geralmente obesos, depois de longas viagens em caminhões, sem água, machucados por caírem uns sobre os outros durante as freadas bruscas, vão direto para o abate, obrigados a entrar no corredor da morte onde são marretados várias vezes com violência e, ainda atordoados, são dependurados num gancho para a retirada do couro e para rasgarem suas carnes.
Com frangos é pior ainda. Pendurados pelos pés, têm os pescoços torcidos e ainda se debatendo, são mergulhados em tanques de água fervente para serem depenados. Não vou entrar em detalhes desses procedimentos dantescos e nem comentar a maneira como são mortos os porcos e carneiros, pois todo mundo sabe, mas finge que não sabe, ou simplesmente não quer nem saber como “aquilo” chega à sua mesa. E pensar que as pessoas se horrorizam com a violência. Quando comem aquela carne, impregnada do medo e revolta do animal que quer preservar sua vida a todo custo, estão assimilando esses maus fluidos também, que passam a fazer parte de seu corpo, do seu sangue e das suas células.
É por tudo isso que eu me recuso a comer carne. Não que não gostasse. Confesso que nos dois primeiros anos, senti falta, como as pessoas que estão deixando de fumar, de beber, de usar drogas ou de roer unhas. Mas meu amor pelos animais venceu! Ele foi maior que os desejos do meu estômago. Venci os meus instintos e jamais voltarei a ser carnívora novamente.Isso já faz muitos anos. Agora, o odor de um churrasco me faz sentir náuseas.
Por favor, não me recriminem. Sinto-me em paz comigo mesma, com minha consciência, com a natureza, com o Deus que criou as pessoas e também os animais.
O Natal vem aí, a festa da paz e da misericórdia. Mas será que a ceia para comemorar o nascimento de Jesus, repleta de corpinhos de animais mortos, violados em seu direito de viver, agrada ao homenageado da noite?...

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